quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Charlie Brown Jr.



Charlie Brown Jr. é uma banda brasileira formada em Santos no ano de 1992. Mistura vários ritmos como o hardcore, o reggae, o rap, o skate punk, criando um estilo próprio. Suas letras fazem críticas à sociedade da perspectiva do universo jovem contemporâneo. Todos os membros da banda são naturais da cidade de Santos, exceto o vocalista Chorão, que nasceu em São Paulo.


Em 1987, o então adolescente paulistano de apenas dezessete anos de idade Alexandre Magno se mudou para Santos, litoral de São Paulo, após uma infância difícil e traumática. Era mais conhecido pelo apelido de Chorão, passou a se interessar pela prática do skate. Um dia, em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo precisou se ausentar devido a necessidades fisiológicas. Uma pessoa da plateia, ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo baixista, uma criança de apenas doze anos na época, formaram então a banda What's Up. Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar o baterista Renato Pelado, egresso de bandas da cidade como Ecossistema, Jornal do Brasil, entre outros projetos. Mais tarde, Marcão e Thiago Castanho completaram a primeira formação da banda Charlie Brown Jr. A banda, ainda sem nome, continuou a se apresentar na cidade. "Fundei e batizei a banda com esse nome em 1992. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy. E o "Jr" é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos e bandas como Raimundos, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Nação Zumbi, e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos como Sublime, Bad Brains, 311, misturando hardcore, skate e reggae O vocalista da banda, Chorão, era skatista, chegando a figurar nas melhores posições do ranking de diversos campeonatos brasileiros, e costumava apresentar-se nos shows em cima de um skate. Por volta de 1993, já com esta formação da banda, eles começaram a tocar no circuito underground de Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate. As primeiras apresentações do quinteto aconteceram em Santos e São Paulo, especialmente em campeonatos de skate.
Uma fita demo foi entregue a Rick Bonadio, presidente da Virgin Records no Brasil e produtor dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e os contratou. De uma demo de três faixas surge o primeiro disco do CBJr, produzido por Tadeu Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin. Nasce então o álbum Transpiração Contínua Prolongada, tem esse nome por realmente retratar tudo que a galera passou para chegar onde chegaram. O álbum foi produzido por Tadeu Patola (ex-Lagoa 66), o álbum é bem recebido pelas rádios com as faixas "O Coro Vai Comê!", "Proibida pra Mim (Grazon)", "Tudo que Ela Gosta de Escutar" e "Gimme o Anel", vendendo 500 mil cópias. Na época, o baixista Champignon era menor. Consequentemente, sempre que a banda se apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.


De 1999 a 2006, a canção "Te Levar" foi tema do seriado Malhação, da Rede Globo, fazendo com que a banda abrangesse seu trabalho às mais diferentes classes sociais. Com sua propagação na mídia, a banda ganhou vários prêmios e chegou assim, por várias vezes, ao topo de grandes rádios espalhadas pelo país...Em 1999, após a estreia promissora, o grupo voltou com Preço Curto... Prazo Longo, composto por 25 canções inéditas, entre elas "Confisco", "Zóio de Lula", "Te Levar", "O Preço" e "Não Deixe o Mar te Engolir", que sedimentaram a boa recepção da banda e garantiram sua presença nas rádios. Pouco antes de entrar no estúdio para gravar o terceiro álbum, o grupo passou por uma forte crise interna, causada pelas brigas entre Chorão e Champignon, que quase encerrou a carreira.
Apesar das dificuldades, a evolução da fórmula hip hop/reggae/hardcore continuou em Nadando com os Tubarões, lançado em 2000, cujos destaques foram as faixas "Rubão - O Dono do Mundo" e "Não é Sério". O disco marcava a entrada de DJ Anderson Faria como acompanhante fixo na turnê deste disco, que também contou com participações especiais, como o rapper Sabotage, a cantora Negra Li (na música "Não é Sério") e seu grupo RZO. Este disco apresentou uma sonoridade mais produzida e carregada se comparado aos dois primeiros álbums, com algumas letras refletindo o momento delicado pelo qual Chorão estava passando, devido à morte do seu pai. No fim do ano, o Charlie Brown Jr. decidiu, junto com outras bandas, não participar do Rock in Rio - Por um Mundo Melhor por discordar do tratamento dispensado às bandas nacionais.
No fim de 2000, o guitarrista Thiago Castanho deixa o grupo, alegando divergências pessoais. No mesmo ano, porém, a banda vence o Video Music Brasil, levando o prêmio "Escolha da Audiência" pelo clipe de "Rubão". Como um quarteto, o Charlie Brown Jr. assinou com a EMI para lançar 100% Charlie Brown Jr. (Abalando a sua Fábrica) no final do ano, com canções totalmente inéditas. As faixas de maior destaque foram "Hoje eu Acordei Feliz", "Lugar ao Sol" e "Sino Dourado". Nesse álbum o grupo focou-se mais no rock e no hardcore, deixando um pouco de lado suas outras influêcias. Ao contrário do que fizeram nos 3 primeiros discos, optaram por gravar o novo trabalho ao vivo (método em que todos os músicos tocam ao mesmo tempo no estúdio), resultando em uma sonoridade mais crua. Em abril de 2002, uma apresentação da banda no Rio de Janeiro acabou em tumulto generalizado. Devido a uma briga, os integrantes da banda saíram do palco antes do previsto, causando revolta na plateia. Lojas e lanchonetes do parque Terra Encantada foram depredadas. Não houve feridos graves.
O título do quinto álbum, Bocas Ordinárias, se apropriou de uma expressão lusitana, devido ao sucesso do grupo em apresentações realizadas em Portugal. A fusão de estilos gerou novos hits, como "Papo Reto (Prazer é Sexo, O Resto é Negócio)" e "Só por uma Noite", "Bocas Ordinárias, Guerrilha!" e "Somos Poucos Mas Somos Loucos", além de uma versão de "Baader-Meinhof Blues", da Legião Urbana. Para este disco a banda optou por uma sonoridade mais polida, diferente do disco anterior.


Em 2003, chegou a vez do Charlie Brown Jr. gravar seu Acústico MTV. Entre os convidados, o grupo chamou Negra Li, Marcelo Nova e Marcelo D2, que participaram de versões de "Não é Sério" , "Hoje" (Camisa de Vênus) e de "Samba Makossa" (Chico Science & Nação Zumbi), respectivamente. Entre as regravações, a banda santista optou pelas canções "Proibida pra Mim", "Zóio de Lula", "Tudo que Ela Gosta de Escutar". O primeiro single foi a canção inédita "Vícios e Virtudes". O disco foi marcado pelo grande sucesso de vendas e mídia e, curiosamente, foi gravado enquanto a banda estava no auge da carreira, contrariando a tradição de retomar ao auge carreiras de outros artistas.
Durante a turnê acústica, em 2004, Chorão se desentendeu com Marcelo Camelo, do grupo Los Hermanos, quando as duas bandas se encontraram no aeroporto de Fortaleza antes da apresentação das mesmas no festival Piauí Pop daquele ano. O motivo teria sido uma suposta crítica à participação do Charlie Brown Jr. em um comercial para a Coca-Cola. O vocalista do grupo carioca processou Chorão por danos morais decorrentes da agressão, que acabou por quebrar o nariz do ex-integrante do Los Hermanos na sala de desembarque do vôo da Tam, sem êxito, visto que foi imputado a este culpa concorrente pelo acontecido.
Após mais de dois milhões de álbuns vendidos, o Charlie Brown Jr. lança em 2004 o sétimo disco da carreira, Tâmo Aí Na Atividade, que apresentou algumas inovações na parte sonora, como batidas eletrônicas e teve como músicas de trabalho as faixas "Tamo aí na atividade" e "Champagne e Água Benta".


No início de 2005, o vocalista Chorão foi surpreendido com o anúncio de que Marcão, Renato Pelado e Champignon estavam deixando o grupo, alegando divergências musicais. Contrariando as expectativas, Chorão apareceu com uma nova formação para o Charlie Brown Jr. O novo núcleo era baseado na cidade de Santos, onde a banda surgiu. Thiago Castanho, guitarrista que fez parte dos três primeiros discos da banda, retornou ao grupo. Dois novos músicos assumiram, respectivamente, a bateria e o baixo; André Ruas, conhecido como Pinguim; e Heitor Gomes, filho do contra-baixista Chico Gomes.
André Luís Ruas, o "Pinguim", ganhou seu apelido porque, quando mais novo, usava uma camiseta da marca de sorvete "Pingolé". Sua experiência musical vem da noite santista, tendo trabalhado com Thiago Castanho antes de ambos entrarem para a banda. Pinguim também era o responsável pelo beatbox que até então acompanhava os vocais de Chorão nas músicas do Charlie Brown Jr. Depois dos ensaios com o repertório antigo e depois de alguns show's em vários locais do país, Chorão, Thiago, Heitor e Pinguim fortaleceram os vínculos e encontraram a sintonia necessária para criar novas músicas.


O álbum Imunidade Musical é lançado em 2005 com destaque para o primeiro single "Lutar pelo que É Meu", além de "Cada Cabeça Falante tem sua Tromba de Elefante", com as participações de Rappin Hood e Parteum, do Mzuri Sana. Ainda neste ano, o Charlie Brown lança o DVD Skate Vibration, que mostra imagens da banda se apresentando em disputas de skate e imagens nos estúdios Digital Grooves e Midas Studios, onde gravaram o disco.
No DVD, além de uma apresentação ao vivo, estão os videoclipes que misturam imagens da banda Charlie Brown Jr. nos shows realizados em 2005, nas viagens e durante as gravações de seu oitavo álbum. Imunidade Musical, no qual a sonoridade do Charlie Brown Jr. foi restabelecida através de 23 faixas, se tornou um álbum emblemático na trajetória da banda. A canção "Lutar pelo que É Meu" substituiu "Te Levar" na abertura do seriado Malhação, de abril de 2006 até outubro de 2007.


 O nono álbum da carreira lançado pelo Charlie Brown Jr. se chama Ritmo, Ritual e Responsa. O disco traz 22 faixas inéditas e uma faixa bônus, e chegou às lojas no final de setembro de 2007. Produzido por Chorão e Thiago Castanho, o nono da carreira, possui letras com forte apelo urbano e que vão de encontro aos anseios da juventude, riffs poderosos, bateria e baixo, com direito a toques eletrônicos e à presença do rap..No dia 9 de abril de 2007 chegou às rádios do Brasil "Não Viva Em Vão", canção de Chorão e Thiago Castanho que foi escolhida como primeiro single. Logo em seguida é lançado o segundo single, "Pontes Indestrutíveis", cujo a banda também gravou um videoclipe da música, sendo mais um dos destaques do nono álbum. O terceiro single lançado foi "Be Myself",que também foi escolhido para fazer parte da trilha sonora da telenovela Duas Caras, exibida pela Rede Globo. Destaque também para o quarto single do álbum, "Uma Criança com Seu Olhar". No dia 23 de abril de 2008, foi divulgado no site oficial que o baterista André Ruas, o Pinguim, não fazia mais parte da banda. O motivo seria o fim do contrato que já estava se aproximando, sem que houvesse interesse de ambas as partes em renová-lo. Para o lugar de Pinguim, entrou Bruno Graveto, também de Santos.


 Depois de sete anos na EMI, a banda muda para a gravadora Sony Music. Com a produção de Rick Bonadio, que produziu bandas dos anos 1980, como Ira! e Titãs, artistas da mesma geração do Charlie Brown, como o Tihuana e CPM 22, e bandas da nova geração, como NX Zero e Fresno, a banda lança o álbum Camisa 10 (Joga Bola até na Chuva). O nome "Camisa 10", é um trocadilho por este ser o décimo álbum da banda. É o primeiro com o baterista Bruno Graveto. O disco possui a canção "O Dom, a Inteligência e a Voz" feita a pedido da cantora Cassia Eller, que Chorão fez para entrar no disco que a cantora iria fazer em 2002. Mas, 15 dias após a criação da música, Cássia faleceu. A canção "Me Encontra", foi lançada como primeiro single do álbum no final de julho de 2009.


No início de 2011, a banda gravou o CD e DVD ao vivo "Musica Popular Caiçara", em Santos, que seria lançado pela gravadora da banda na época, a Sony Music. Durante a gravação do show, problemas ocorreram na organização do evento, o que para Chorão foi a gota d'água. Numa reunião com os membros da banda, eles decidiram romper com a gravadora, passando a trabalhar de forma independente. Nessa época, Heitor Gomes ainda fazia parte da banda.
Após esse acontecimento, na edição 2011 do Viradão Carioca, Chorão disse que tinha uma surpresa para o público, e que a banda não era mais formada por 4 integrantes, mas sim 5. Logo após, ele chamou Marcão para o palco, selando oficialmente sua volta ao grupo. Em julho daquele ano, o contrato com o baixista Heitor Gomes foi encerrado e saiu da banda de forma amigavel, alegando buscar o sucesso independente e hoje é baixista do CPM 22. Com isso, Champignon voltava ao grupo, surpreendendo os fãs com um video postado no YouTube onde dizia: "Voltei pra ficar! Aqui é minha casa!". Após isso o grupo passa a contar quase com sua formação original. Em entrevista dada no dia da morte de Chorão, Champignon afirmou que ele e Chorão brigaram algumas vezes na vida, mas felizmente puderam refazer a amizade.” "A gente tinha uma relação profissional. Apesar das muitas brigas, éramos amigos há mais de 20 anos".


 Com os problemas com a antiga gravadora, o Música Popular Caiçara foi refeito em setembro de 2011, dessa vez, gravado em Curitiba e na cidade natal da banda, Santos. Com a produção de Liminha, o show conta com as participações especiais de Marcelo Falcão, vocalista do O Rappa, Zeca Baleiro, e dos compositores baianos Marcelo Nova e Márcio Mello. Gravado de maneira independente, o DVD demorou cerca de 7 meses para ser lançado. Em maio de 2012, Música Popular Caiçara foi lançado com a distribuição do selo Radar Records, em comemoração aos vinte anos de carreira do grupo.


 Durante um show da turnê em Apucarana, no Paraná, Chorão criticou o baixista, afirmando que ele deveria ser muito grato por ter sido aceito de volta ao grupo "depois de tudo que fez". Após quase cinco minutos de esculhambação, Champignon deixou o palco quando Chorão disse que ia tocar a música "O preço". O show continuou sem o baixista, e com a plateia gritando "arregou, arregou". A briga virou notícia após um fã, que gravou todo o discurso de Chorão, divulgar o video com a discussão no YouTube. Com a repercussão negativa da briga, Chorão e Champignon divulgaram um video no Youtube pedindo desculpas aos fãs, e reafirmando suas amizades.

Charlie Brown Jr - O coro vai comê! 






Charlie Brown Jr.


Blog do Toninho

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